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Apresentado livro «É perigoso sintetizar a Idade Média»

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Foi lançado no dia 5 de fevereiro, na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, o livro «É perigoso sintetizar a Idade Média», da autoria de Maria Isabel Morán Cabanas e de José Eduardo Franco. A obra, que tem por base os trabalhos do padre torrejano Mário Martins, foi apresentada por Guilherme d’Oliveira Martins, professor catedrático, antigo presidente do Tribunal de Contas e atual membro do Conselho de Administração da Fundação Gulbenkian.

A abertura da sessão coube ao presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, Pedro Ferreira, que destacou o desafio colocado à autarquia de participar na publicação de uma obra que se baseia no trabalho de grande riqueza e rigor de um torrejano que, apesar de ser desconhecido para muitos, deixou um legado na área da investigação histórica que merece ser valorizado.

 

Francisco Abreu, da editora Esfera do Caos, destacou que este livro cumpre a mais importante função de uma editoria: «colocar ao dispor dos leitores textos que farão escola e que resistirão à passagem do tempo.» Afirmando que este é um livro publicado com grande convicção, que engrandece o catálogo da editora, dando-lhe solidez e prestigiando-o com o contributo destes dois autores, Francisco Abreu agradeceu ao Município de Torres Novas pela participação no processo de publicação da obra e pelo acolhimento.

 

Guilherme d’Oliveira Martins destacou que esta é «uma obra singular sobre um homem singular, extraordinário pela sua curiosidade, capacidade de conhecimento, de investigação e de intuição. Encontramos nas obras de Mário Martins muitas chaves inesperadas para a compreensão de alguns fenómenos da cultura. Esta é uma obra muito clara, muito pedagógica e o Município de Torres Novas está de parabéns por ter apoiado esta edição. Quem ler esta obra encontrará elementos de enorme riqueza.

 

A autora Maria Isabel Morán Cabanas manifestou-se muito contente por estar na terra Natal de Mário Martins que «toda a sua vida se empenhou na elaboração de uma história da cultura e da espiritualidade de Portugal na Idade Média. O seu conhecimento, curiosidade e intuição permitiram-lhe abrir caminhos novos».

 

Também José Eduardo Franco, outro dos autores da obra, agradeceu ao Município de Torres Novas por ter apoiado esta homenagem a Mário Martins, «responsável por uma revolução silenciosa dos estudos medievais em Portugal». Considerando-o «um homem generoso, de investigação, dos arquivos, que trouxe as provas, que distribuiu o seu conhecimento através dos seus escritos mas também acompanhando diversas pessoas nos seus trabalhos», José Eduardo Franco afirmou que Torres Novas tem razão para se orgulhar desta grande figura da sua terra que é Mário Martins.

 

A obra convida o leitor a navegar com o insigne jesuíta através dos séculos, partindo dos textos de Mário Martins, sobre a Idade Média em Portugal, devoções e vivências religiosas, heróis e façanhas cavaleirescas, mitos que se sobrepõem à realidade e todo um leque de comportamentos humanos descritos na época, ora num registo sério ora humorístico. Qualidade e caráter precursor definem a vasta obra publicada por Mário Martins sobre a Idade Média em Portugal. Ainda hoje a consulta dos seus trabalhos se nos apresenta como incontornável perante qualquer aproximação à história medieval das mentalidades e da espiritualidade.

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