Município atento à constituição do grupo hospitalar do Ribatejo
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A intenção do Governo em integrar os três hospitais do Médio Tejo num novo Grupo Hospitalar do Ribatejo, incluindo a unidade de Santarém, proposta apresentada pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Ferreira Teixeira, em reunião havida a 12 de junho na presença de Pedro Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, bem como das presidentes das câmaras de Abrantes e Tomar, será objeto de discussão pelo executivo na reunião de câmara extraordinária prevista para esta sexta-feira, dia 19 de junho, às 15h.
As pretensões da tutela, a forma como o processo está a ser conduzido e as implicações nas populações envolvidas são motivo de apreensão já que se temem os efeitos clínicos que esta mudança acarretará.
É convicção dos autarcas do Médio Tejo que a junção dos hospitais do centro hospitalar com o hospital de Santarém dispersará mais ainda as especialidades e contribuirá certamente para a fragilização do serviço nacional de saúde no nosso território, agravando-se a falta de articulação que hoje já se verifica.
O direito das populações à prestação de cuidados de saúde em condições e próximo de suas casas permanece como preocupação fundamental, temendo-se que os utentes sejam obrigados a deslocações maiores do que já acontece hoje.
O município de Torres Novas reafirma a necessidade de reforçar a proximidade dos cidadãos com os serviços de saúde e não o contrário, sendo que o distrito de Santarém é um dos mais extensos e que maiores distâncias pode implicar para os utentes e os profissionais de saúde.
A criação do Centro Hospitalar do Ribatejo tem por base um estudo que não foi apresentado aos autarcas, que entretanto o solicitaram, subsistindo dúvidas relativamente a questões essenciais como a existência de serviços de urgência médico-cirúrgica e medicina interna, quais as valências de cada unidade e como será resolvida a questão do transporte de doentes que já hoje é extremamente complicada.
