Aberto concurso para a requalificação do CIGA

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CabecoPias

O despacho que aprovou o projeto e as peças do procedimento para lançamento do concurso público para a empreitada »Requalificação do CIGA – Centro de Interpretação da Gruta do Almonda» foi ratificado na última reunião camarária, que ocorreu a 4 de maio.

O objetivo desta empreitada, orçamentada em 278.949,46 euros + IVA à taxa legal em vigor e com um prazo de execução proposto de 120 dias, é requalificar o complexo de modo a dotá-lo das condições de utilização para que foi pensado e delineado. 
 
Construído na década de 1990, com apoio do primeiro quadro comunitário, o CIGA - Centro de Interpretação da Gruta do Almonda foi gerido, após a sua inauguração, através de um protocolo tripartido tendo como titulares o ICNF - Instituto de Conservação da Natura e Florestas, o Município de Torres Novas e a STEA - Sociedade Torrejana de Espeleologia e Arqueologia.
 
Está localizado na freguesia de Pedrógão, no local com topónimo de Cabeço das Pias, entre os lugares de Casal João Dias e Vale da Serra, bem no topo do arrife da Serra de Aire, muito próximo do limite estabelecido do PNSAC - Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, com acesso pedonal direto e privilegiado à Gruta do Almonda, estando a vocação primária do CIGA associada à investigação científica das Grutas do Almonda, sítio classificado como imóvel de interesse público desde 1993. 
 
Para responder às exigências ao nível da arqueologia, espeleologia, espeleo-mergulho e biologia o CIGA foi projetado como um edifício vocacionado para o apoio à investigação científica, fundindo num só corpo vários espaços temáticos: alojamento; receção, com sala polivalente e expositiva, balcão de atendimento e um auditório com capacidade para 12 pessoas; espaço comunitário; e torre, estrutura multifuncional que se destaca do edifício, com uma altura aproximada de doze metros, com propósito de vigilância aos fogos florestais no PNSAC, tendo no seu interior ao nível intermédio um espaço de acantonamento para cerca de trinta pessoas e, na sua face exterior, várias vias verticais para iniciação ao rappel, antecipando alguns dos desafios impostos aos investigadores e visitantes no interior da gruta. 
 
Perpendicular ao edifício principal do CIGA, desenvolve-se um edifício de apoio composto por uma sala de equipamentos, vestuário e calçado para progressão na gruta; uma sala de logística e dois balneários para apoio à zona de acantonamento da torre e de campismo realizado nas imediações do centro. 
 
A utilização do CIGA sempre privilegiou as equipas de investigação científica, atingindo a sua lotação máxima nos meses de verão, com a presença regular de equipas de universidades nacionais, europeias e norte-americanas. No restante período do ano, o edifício funcionava com a valência de turismo rural, com taxas de ocupação assinaláveis e que ajudavam a custear a sua manutenção. 
 
Findo o protocolo tripartido no ano de 2002, o edifício deixou de ter guarda permanente e no ano de 2004 foi alvo de um incêndio. 
 
Posteriormente à sua requalificação foi assinado novo protocolo entre o ICNF, Município de Torres Novas, PNSAC, STEA e Junta de Freguesia de Pedrógão, atribuindo a sua gestão à ADSAICA - Associação de Desenvolvimento das Serras de Aire e Candeeiros. 
 
Ao abrigo do novo protocolo, somente durante a existência da TurriEspaços - Empresa Municipal de Gestão de Equipamentos Culturais e Desportivos do Município de Torres Novas, E.M., o edifício voltou a ter altas taxas de ocupação, pelas equipas de investigação científica e pelo público em geral, funcionado como sítio pivô para a progressão e descoberta no PNSAC pelo turismo natureza em geral. 
 
Extinta a empresa municipal, o edifício voltou a ficar devoluto e sem funcionalidade, sendo alvo de vários assaltos e vandalizações, carecendo de intervenções profundas ao nível da reparação da sua estrutura e especialidades. 
 
Esta intervenção será alvo de apresentação de candidatura a financiamento ao abrigo do aviso n.º 2 centro-14-2021-22 domínio sustentabilidade e eficiência no uso de recursos, inserido na prioridade 6.3 investimento na conservação, proteção, promoção e desenvolvimento do património natural.
 
 

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