Aprovados apoios para a ARPE e para trabalhos arqueológicos

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Na reunião de Câmara do passado dia 13 de setembro foi aprovado um subsídio mensal a atribuir à ARPE para apoio à atividade regular em prol da população sénior. O projeto de investigação na Nascente do Almonda coordenado pelo professor João Zilhão continua a merecer o apoio do município que atribuiu 8 mil euros à próxima campanha arqueológica.

Foi ainda deliberado um subsídio de 7 mil euros para estudo do relevante espólio arqueológico da necrópole calcolítica do Convento do Carmo, resultante da escavação decorrida naquele espaço no âmbito do acompanhamento da obra.
Desde há várias décadas que têm vindo a ser desenvolvidos trabalhos de investigação nas grutas que incorporam o sistema cársico do Almonda, tendo o Município de Torres Novas prestado apoio financeiro ao projeto desde há algumas campanhas.
Os trabalhos arqueológicos realizados no âmbito de um projeto coordenado pelo professor João Zilhão têm tido resultados de extrema importância do ponto de vista da história da ocupação humana na Península Ibérica.
O subsídio de 8 mil euros destina-se a apoiar a próxima campanha anual, atendendo à natureza do trabalho desenvolvido, à coordenação científica de mérito sobejamente reconhecido e ao relevante interesse que este projeto apresenta, do ponto de vista do conhecimento científico, cultural e patrimonial.
Estão entretanto a ser encetados esforços com vista à divulgação dos resultados científicos obtidos junto dos munícipes, uma vez que, até ao momento, esta divulgação tem sido feita predominantemente no meio científico internacional.
Resultante da escavação decorrida no espaço do Convento do Carmo, no âmbito do acompanhamento da obra, foi recolhido espólio de relevância científica, patrimonial e monetária muito considerável. Tendo em conta a tipologia e a cronologia da necrópole calcolítica escavada, a quantidade e qualidade do espólio recolhido, bem como o facto de esta não ter sido saqueada nem adulterada, o município terá todo o interesse em que o espólio seja, em devido tempo e de forma definitiva, entregue à sua guarda, para que seja exposto e disponibilizado ao público como parte integrante das coleções do Museu Municipal Carlos Reis.
A coordenação científica do projeto, da responsabilidade do professor Faustino de Carvalho, tem vindo a demonstrar intenção e empenho no estudo do espólio com a colaboração de equipas internacionais de mérito científico reconhecido nas respetivas áreas de estudo, tendo solicitado apoio financeiro à autarquia para tal.
O subsídio no montante de 7 mil euros destina-se à documentação, estudo, interpretação, tratamento, estabilização, conservação e restauro do espólio arqueológico resultante do acompanhamento da obra do Convento do Carmo.
Em conformidade com o Regulamento de Trabalhos Arqueológicos, o espólio permanece em reserva científica até à publicação de resultados num prazo de três anos após a conclusão de trabalhos, sendo o local de incorporação definitiva do espólio determinado pela DGPC.
As particularidades associadas a este sítio arqueológico tornam de todo o interesse que estes estudos sejam feitos e que os resultados produzidos possam contribuir para alinhavar algumas das peças ainda soltas da Pré-história Peninsular. O Município de Torres Novas associa-se deste modo ao apoio à investigação e divulgação dos resultados.
Tendo em conta a singularidade da atividade da ARPE no contexto do concelho de Torres Novas e dada a importância da sua ação em prol da ocupação e bem-estar da população sénior, decidiu a Câmara a atribuição de um apoio de 200 euros mensais que possam contribuir para a manutenção da intervenção da ARPE.
A ARPE – Associação de Reformados e Pensionistas de Torres Novas é reconhecida pelo seu trabalho ao nível da área social, sendo parceira do Conselho Local de Ação Social de Torres Novas – CLAS desde 2005. Além disso, dinamiza regularmente atividades ocupacionais, culturais, educacionais e de convívio para a população sénior. Possui um gabinete de enfermagem, promove diversos eventos culturais e lúdicos ao longo do ano e, diariamente, a sua sede é lugar de encontro e de convívio de muitas pessoas que, de outra forma, estariam condenadas à solidão das suas casas. É também relevante a universidade sénior Canais Rocha que tem 66 alunos a frequentar 16 disciplinas, incluindo línguas, informática, história, artes oficinais, teatro e ioga.

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